O fim dos tempos

Desde o início dos tempos, naquela que ficou conhecida como a era de ouro, quando os ferlix eram considerados selvagens e as outras raças contavam com relativa prosperidade, sábios de todos os cantos do mundo já anunciavam que o fim dos tempos estava próximo.

Aí veio a grande guerra. Grandes organizações reuniram estandartes outrora inimigos sob uma só causa em busca do poder absoluto. Motivados por valores nobres como honra e glória, irmãos lutaram contra irmãos e pais lutaram contra seus filhos. O mundo começava a ruir, era o começo do fim.

A guerra atingiu proporções épicas. As alianças ganharam ainda mais força, novos deuses surgiram e com eles disputas cada vez mais violentas. Nesta época poucos habitantes viveram sem presenciar ao menos um massacre, mas de certa forma e, por mais absurdo que possa parecer, eles estavam se adaptando a este clima hostil. Ainda havia esperança.

Até o Cataclismo.

Ninguém sabe ao certo como ele teve início. Acredita-se que a grande guerra chegou ao panteão divino, pois até as leis da natureza foram alteradas e o próprio mundo se tornou hostil. Bestas nunca antes vistas surgem e depois desaparecem, não sem antes deixar um rastro de sangue e destruição por onde passavam.
Acostumadas aos horrores as civilizações perderam sua essência e se fragmentaram. Agora é cada um por si na constante luta pela sobrevivência, não existe mais lugar para a bondade no Primórdio.

Muita coisa mudou desde a era de ouro. Não existem mais sábios como antes, pois até mesmo muito do conhecimento se perdeu, mas se eles existissem não mais anunciariam o fim dos tempos: O fim do mundo já chegou.