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Recomeço

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Mensagem  Cyrano Qui Ago 23, 2012 9:10 am

À esquerda, à direita, apenas terra, areia, pó. Acima, um céu azul sem nuvens até onde os olhos podem enxergar. Não há nada naquela paisagem desolada. Nem sinal de vida. Apenas terra, areia, pó. Lufadas de vento parecem, em alguns momentos, entoar uma canção antiga. Uma canção de batalhas, fogo e destruição. Mas também uma canção de esperança e renascimento. Como por capricho, o vento levanta uma nuvem de pó girando em si mesmo e formando um pequeno redemoinho.

Uma pequena elevação de areia começa a se mover. De seu pico, os grãos escorrem lembrando uma cascata. Primeiro surge um rosto, em seguida ombros, e por fim o corpo inteiro.

"Cof, cof!"

A figura humana levanta-se de debaixo da terra. Estivera ali por quanto tempo? O ar seco do deserto invade as narinas e queimam todo o caminho até os pulmões. Com um estalo na língua, comprova a secura da boca. Ele tira a areia acumulada nos cabelos, bate com as mãos pelas roupas para fazer escoar os grãos minúsculos. O tempo é quente, mas seco, o que facilita sua limpeza sem água. Ele pega um turbante, caído ao lado, e cobre a cabeça. Com um pedaço de pano que circunda seu pescoço, ele cobre nariz e boca. As roupas desgastadas eram ainda boas o suficiente para protegê-lo do sol do dia, e do frio da noite. Ele tateia a areia ao redor, encontrando seu cajado.

*Ah, não consigo me acostumar com isso. É hora de ver quantos mais sobreviveram. Temos muito, muuuito trabalho pela frente.*

***

Senhores e senhoras! Lordes, reis e cavaleiros! Damas, guerreiras e princesas! Ladrões, mercenários, assassinos e mendigos! A vida segue, e é hora de recomeçarmos. Qual história dará início à nova era? Quem vai narrar? Quem vai jogar?

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Mensagem  Mandhros Qui Ago 23, 2012 11:07 am

O deserto de Ür fora onde tudo começara, como diziam os antigos... Mas como era possível que tudo tivesse encontrado seu início naquele mar de areia sem vida?

O vento me fustigava as orelhas anguladas, que vinham protegidas, tanto quanto possível, por fitas de pano sedoso - e caro - enroladas sobre a face e a cabeça. Uma raridade naquelas terras.

Os olhos cinzentos contrastavam muito com a pele morena, surrada pelo sol, e os cabelos escurecidos. Não trazia mais os traços longilíneos dos elfos, mas os músculos que a sobrevivência naquele lugar onde apenas os mais fortes sobrevivem exigia. Tampouco exibia os olhares cansados e narizes aquilinos dos atuais donos daquelas terras.

Duas cimitarras vinham presas ao cinto, suas lâminas embainhadas fazendo sombra às costas do alazão que cortava, veloz, as dunas. Poucos eram os cavalos capazes de cruzar aquele terreno, mas a terra onde me instalara fornecia excelentes exemplares, que poderiam ser usados em tempos de crise.

À frente, um redemoinho de areia era formado pelo vento, e de seu interior emergia um vulto humanóide, exatamente como o profeta tinha mencionado que ocorreria.

O Vizir certamente ficaria estarrecido - ou furioso, quem sabe - com as implicações que aquela visão poderia ter. Mas isso apenas seria verificado depois que eu voltasse, e trouxesse o estranho comigo.

*******

Tyrano, aguardamos voluntários e almas caridosas. Eu me disponho a narrar um grupo de Vampire e um de PRPG. Faltam os jogadores.

E gostei da história aí em cima (como é fácil notar). Quer aproveitar o gancho e narrar alguma coisa? =)
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Mensagem  Drakonis Qui Ago 23, 2012 11:31 am

Já não bastasse a ocorrência de um cataclisma, houvera outro... depois do caos, fogo e guerras, a própria água pareceu fugir e se esconder do mundo. Densas florestas reduzidas a savanas, savanas reduzidas a campinas, campinas reduzidas a desertos, e os desertos que eram poucos, agora pareciam intermináveis, e os poucos oásis se tornavam cada vez mais valiosos...

Dunas intermináveis, e seus perigos ocultos, algumas vezes à plena vista costumavam ser mortais antes do primeiro cataclisma, quem dirá depois do segundo. Quantos foram os que se perderam, por não conseguirem reconhecer seus destinos, da onde vinham, por onde passavam?

"ssss"

O pequeno sopro era um luxo que o kamal se permitia naquele dia, ações antes cotidianas como falar ou respirar agora deviam ser atos calculados. Toda a água era preciosa, e nunca se sabia quando se poderia encontrar mais dela. Porém aquele não era um dia qualquer, do alto da duna que se encontrava ele podia avistar um cavaleiro, que aparentemente tinha mudado seu curso para investigar um pequeno saci que surgira...

*Ssssss... o que sserá issso?*

Oculto por seus tons de bege arenoso, o kamal segue languidamente duna abaixo, observando de longe o dia atípico que começava a se desenrolar a seus pés.

-----------------------------------------------------------

Bora brincar!
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Mensagem  Shadow Wolf Qui Ago 23, 2012 1:20 pm

Noites frias e dias escaldantes, era esse o clima que eu suportava desde a terrível catástrofe que se abatera sobre a terra e sob a terra. Terremotos e desabamentos dizimaram civilições inteiras, clãs centenários foram reduzidos a escombros, vidas perdidas, enterradas em toneladas de pedra que antes sempre os havia protegido. Uma ironia de nossa própria cultura, da pedra vieste, para a pedra retornaram, infelizmente não de uma maneira gentil como o abraço gentil de um sono eterno.

*Por Inerill, qual terá sido a afronta imposta aos deuses para que eles se vingassem dessa forma de nós?*

Meu clã, minha própria família, nunca esquecerei seus gritos de desespero quando o tremor começou, suas súplicas a Inerill que não os ajudou, tudo era caos, pânico e escuridão. Minha vida foi salva por uma simples peça do destino que me jogou longe da catastrofe e me protegeu do resto, legando a mim uma segunda chance de viver, e como se pudesse cobrar um preço por isso tirou todo o resto de mim. Agora vagava por um deserto sem fim, lutando pela vida, sem ver nenhum ser vivo a muito tempo, e aquela figura que se movia na duna agora era apenas uma miragem que brincava em minha mente como um último jogo cruel do destino, talvez seu preço ainda não tivesse sido totalmente pago e minha sanidade fosse o acerto final.

Continuo minha caminhada, buscando o fim de minha jornada, uma cidade ou qualquer outra coisa que me ajudasse a sobreviver naqueles dias...

------------------------------------------------------

Estou disponível pra jogar, vamos reviver uma era, ou começar outra...
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Mensagem  Cyrano Qui Ago 23, 2012 3:28 pm

Mandhros escreveu:O deserto de Ür fora onde tudo começara, como diziam os antigos... Mas como era possível que tudo tivesse encontrado seu início naquele mar de areia sem vida?

O vento me fustigava as orelhas anguladas, que vinham protegidas, tanto quanto possível, por fitas de pano sedoso - e caro - enroladas sobre a face e a cabeça. Uma raridade naquelas terras.

Os olhos cinzentos contrastavam muito com a pele morena, surrada pelo sol, e os cabelos escurecidos. Não trazia mais os traços longilíneos dos elfos, mas os músculos que a sobrevivência naquele lugar onde apenas os mais fortes sobrevivem exigia. Tampouco exibia os olhares cansados e narizes aquilinos dos atuais donos daquelas terras.

Duas cimitarras vinham presas ao cinto, suas lâminas embainhadas fazendo sombra às costas do alazão que cortava, veloz, as dunas. Poucos eram os cavalos capazes de cruzar aquele terreno, mas a terra onde me instalara fornecia excelentes exemplares, que poderiam ser usados em tempos de crise.

À frente, um redemoinho de areia era formado pelo vento, e de seu interior emergia um vulto humanóide, exatamente como o profeta tinha mencionado que ocorreria.

O Vizir certamente ficaria estarrecido - ou furioso, quem sabe - com as implicações que aquela visão poderia ter. Mas isso apenas seria verificado depois que eu voltasse, e trouxesse o estranho comigo.

*******

Tyrano, aguardamos voluntários e almas caridosas. Eu me disponho a narrar um grupo de Vampire e um de PRPG. Faltam os jogadores.

E gostei da história aí em cima (como é fácil notar). Quer aproveitar o gancho e narrar alguma coisa? =)

O som dos cascos era quase inaudível. A areia servia como isolamento acústico, mas, à medida que o cavalo se aproximava, não havia como ignorar sua presença. Levando a mão à testa para facilitar a visão com uma pequena sombra, observo cavalo e cavaleiro se aproximarem rapidamente. Olho ao redor, mas a claridade do deserto, refletida nas areias esbranquiçadas, fere meus olhos. Estava cansado e com muita fome, mas era a sede que dominava meus desejos naquele momento.

Aproximo-me do cavaleiro vagarosamente. Não por cuidado ou cautela - um homem perdido, sem bens e à beira da morte não tem muito o que temer - mas por minhas condições precárias. A visão das espadas encurvadas me causa uma sensação estranha. O que ele via também não devia despertar muito interesse: um homem coberto da cabeça aos pés, com um turbante amarelado sobre a cabeça. Um lenço puído, mas sem buracos, cobria pescoço, boca, nariz e parte do pescoço. Uma camisa outrora branca e uma calça de mesma cor formam a primeira camada de minhas roupas. Por cima, uma espécie de manto azulado cobre todo o corpo, sequer deixando transparecer as mãos. O cajado não parecia improvisado, mas sim uma peça genuína.

Com uma voz rouca e ressequida e demonstrando muito incômodo e quase dor, deixo transparecer minha necessidade mais básica quase sem encarar o viajante:

"A... Água..."

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Mensagem  Mo Sex Ago 24, 2012 9:37 pm

Pedras caem todos morrem.


Brincadeirinyaaaa!

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Mensagem  Drakonis Sáb Ago 25, 2012 10:16 am

Em meio à caminhada percebo que o cavaleiro não vagava à esmo pelo deserto, mas se dirigia ao que parecia ser um homem maltrapilho. Vendo que a oferta de água se tornava ainda mais abundante, decido acelerar o ritmo, deslizando pela encosta da duna como se não fosse mais que um evento do deserto... apenas areia deslizante, nada mais.

*O Povo vai gostar de saber disso...*
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Mensagem  Mandhros Seg Ago 27, 2012 10:57 am

Fazendo com que o cavalo avance lentamente em direção ao maltrapilho, encaro seus olhos. Ele parecia cego, mas me encarava, e suplicava por água.

Observo sua postura encurvada, seus traços físicos, e tudo confere com a pessoa que eu tinha vindo buscar. Mas precisava ter certeza. Se cometesse algum erro, o Vizir poderia retaliar sobre mim e os meus. Se acertasse... Bem, então haveria uma chance.

Ergo um cantil, tirado do alforje, como se fosse um troféu, fazendo com que refletisse sob a luz do sol.

Ainda que minha voz soasse abafada pelos panos que cobriam o rosto, era perfeitamente audível e carregada do peculiar sotaque dos altos elfos.

- Você quer água. Eu quero um nome. Me dê o que eu quero, peregrino, e a água será sua. Como se chama?

O cavalo parece ficar nervoso, pateando à esquerda e à direita. Segurando as rédeas com maior firmeza, faço-o parar, enquanto aguardo pela resposta à minha pergunta.
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Mensagem  Cyrano Seg Ago 27, 2012 12:36 pm

Ouço o cavalo se aproximar, e o cheiro de suor consegue trespassar minha vestimenta, atingindo o nariz. Levanto os olhos opacos, fitando o viajante nos olhos. O barulho de água no cantil faria minha boca salivar, mas meu corpo já não dispunha de tanto líquido.

Mandhros escreveu:- Você quer água. Eu quero um nome. Me dê o que eu quero, peregrino, e a água será sua. Como se chama?

Esforço-me, por alguns instantes, como quem tenta lembrar onde deixou um livro antigo e muito usado. Fito os olhos do cavalo, que demonstra impaciência e certo medo. O viajante mantém o animal sob seu comando. Não da maneira como eu manteria, por certo...

"Tenho um nome muito antigo. Um nome em línguas que já morreram. Nome em idiomas que sequer podem ser pronunciados por bocas humanas... Não há como te dizer como eu me chamo, viajante."

Paro um instante, esforçando-me com mais afinco.

"Aqui nestas paradas... Bem, aqui nestas paradas eles me chamam de Abdul-Hakim Ibn Marid. Sim... O servo do sábio, filho do rebelde."

Aguardo a reação do viajante.

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Mensagem  Mandhros Seg Ago 27, 2012 3:24 pm

O cantil com água voa pelos ares, endereçado ao peregrino, depois de um arremesso gracioso.

O cavalo continua agitado, mas seguro as rédeas com ainda mais firmeza, para fazê-lo ficar parado. Haveria algo de errado ali?

Depois que o peregrino toma alguns goles da água, ofereço-lhe a mão, dizendo:

- Venha. Meu povo está ansioso para vê-lo. Há profecias sobre o seu nome, e esperança sobre o seu destino.
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Mensagem  Drakonis Seg Ago 27, 2012 3:33 pm

Chegando aos pés da duna ouço o que parece ser um elfo e um humano conversando.

Você quer água. Eu quero um nome. Me dê o que eu quero, peregrino, e a água será sua. Como se chama?

Tenho um nome muito antigo. Um nome em línguas que já morreram. Nome em idiomas que sequer podem ser pronunciados por bocas humanas... Não há como te dizer como eu me chamo, viajante.

O cavalo parece me notar, ficando inquieto, mas o cavaleiro nada parcebe fazendo o animal parar...

Aqui nestas paradas... Bem, aqui nestas paradas eles me chamam de Abdul-Hakim Ibn Marid. Sim... O servo do sábio, filho do rebelde.

*O Servo do Sábio?! O Povo o considerava morto! Como seria possível que ele estivesse aqui? Um impostor talvez? Melhor continuar escutando*
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Mensagem  Cyrano Ter Ago 28, 2012 8:25 am

Mandhros escreveu:O cantil com água voa pelos ares, endereçado ao peregrino, depois de um arremesso gracioso.

Agarro o cantil ainda no ar, quase deixando-o escapar. Com parcimônia, retiro o lenço que cobria parte do rosto. A visão certamente chocaria o viajante. O maxilar era apenas osso. Não havia carne, ou mesmo sangue. Os povos do deserto certamente me julgariam como um djinn, um demônio ou alguma criatura do submundo. Sorvo a água gota a gota, tomando metade do cantil. Tampo-o após o término e enrolo o pano novamente por minha face, encarando o viajante e medindo suas reações. As pupilas se estreitam de maneira incomum, tornando-se quase reptilianas.

Mandhros escreveu:- Venha. Meu povo está ansioso para vê-lo. Há profecias sobre o seu nome, e esperança sobre o seu destino.

"Profecias e esperanças. Também tenho esperanças em nosso encontro, viajante sem nome. Leve-me a seu povo..."

Alheio a qualquer movimentação e a qualquer presença, aceito a mão e subo no cavalo. Em outras épocas, em outras eras nada passaria despercebido. Em outros tempos eu estaria completo, integral. Mas havia passado por um grande choque. Muito esforço havia sido despendido, muito havia deixado de existir. E meus irmãos... Ainda tinha irmãos?

[OFF] Drak, meu PJ não te percebeu. Não sei se o Glacius quer fazer o elfo percebê-lo, ou se você quer seguir os dois. [/OFF]

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Mensagem  Mandhros Ter Ago 28, 2012 10:00 am

Encaro o viajante enquanto ele sacia sua sede. De fato, seu rosto era um tanto quanto invulgar.

Minha expressão não se altera em nada, contudo. Embora a aparência fosse de um jovem, meus olhos já haviam presenciado tanto do mundo que dificilmente se surpreendiam com o que quer que fosse.

Dois Cataclismas. Civilizações que nasceram e morreram. Amigos que surgiram e partiram. Reis, tiranos, guerreiros e grandes feiticeiros. Tudo agora fazia parte de memórias fragmentadas, que apenas o meu povo - e talvez os dragões - ainda guardava consigo.

Quando o peregrino sobe no cavalo, ele tenta empinar, sendo mais uma vez contido pela força da minha própria vontade.

- Calma, rapaz... O que está havendo?...

Olho ao redor uma vez mais, aguçando os sentidos em busca de qualquer perigo, mas tudo o que consigo ver é o vento jogando a areia das dunas, para lá e para cá.

Como o alazão continuasse inquieto, decido finalmente partir, fazendo com que o animal gire sobre seu eixo, para fazer o caminho de volta...
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Mensagem  Drakonis Ter Ago 28, 2012 10:30 am

Parece que os dois iriam à cavalo dali em diante, e rápido... seria impossível acompanha-los desta forma e permanecer indetectado, ainda mais com aquele cavalo arisco... assim que eles se põem de costa e um pouco distraídos assumo a forma de uma serpente do deserto e me enterro sob a areia.

* Eu preciso avisar O Povo sobre isso, mas também não posso perde-los de vista, e o vento apagaria quaisquer marcas que eu deixasse no caminho... Melhor segui-los assim, ao menos assim posso sentir os movimentos do cavalo e segui-los de uma distância, mesmo debaixo de alguns metros de areia das dunas *

Os dois estranhos viajantes partem na direção da onde viera o cavaleiro comigo em seu encalço, não que a cavalo eles demorassem a se distanciar, mas ser uma serpente no deserto tinha suas vantagens na hora de seguir presas...
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Mensagem  Shadow Wolf Ter Ago 28, 2012 3:55 pm

Vejo um homem ser levado a cavalo por um elfo, e seu rastro não sumira, isso significava que não eram miragem, talvez seguí-los pudesse me levar a água e a algo melhor do que um deserto seco. Enquanto busco seguí-los vejo uma serpente em meu caminho.

*Comida, finalmente!"

Busco meu machado e persigo a serpente, golpeando o chão tentando acertar a cabeça da serpente e matá-la!
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Mensagem  Drakonis Qua Ago 29, 2012 9:11 am

Antes que pudesse me enterrar na areia sinto passos vindo de trás de mim, e quando olho percebo um anão com machado em punho vindo em disparada na minha direção.

* Por Drakonis! Da onde surgiu esse anão?! *

Sem muito tempo para pensar, me lanço para longe do anão e de seu machado sedento, desviando de golpes e procurando alguma duna fofa em frente onde possa me enterrar para evadi-lo.

* Só me faltava essa! *
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Mensagem  Shadow Wolf Qui Ago 30, 2012 1:37 am

Sem piadas de segundas intenções sobre eu e a cobra do Drakonis por favor...

----------------------------------------

A cobra tentava se evadir, mas eu não deixaria que uma refeição tão escassa como aquela fugisse de mim, me ponho a perseguí-la o mais depressa possível, sem saber aonde ela me levaria.

"Volte aqui! Maldito répteis, sempre fugindo!"

*Nessas horas que eu amaldiçoo minhas pernas curtas, se fosse um maldito elfo já teria pego essa cobra, mas também seria feio pra burro e teria uma arrogância maior que eu!*
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Mensagem  Mandhros Sex Ago 31, 2012 9:58 am

Off: Ahhhhh! Claaaaaaaaaro! Só porque o anão quer cair de boca na cobra do Drakonis nós não podemos zoar? huhuahuhuahuhauahahuhua!

On:

O cavalo empina antes de conseguir disparar em direção a Nova Ür, e, quando finalmente consigo controlá-lo, vejo um anão-do-deserto atacando alguma coisa na areia. Giro, de modo a ficar de frente para a cena, enquanto observo, impassível, seu desenrolar.

Falo com o peregrino, sem virar minha cabeça para trás...

- Acaso conhece este anão?

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Mensagem  Drakonis Sex Ago 31, 2012 11:21 am

O anão se mantém em meu encalço, brandindo vorazmente seu machado tentando me atingir sem sucesso.

* Diabos de anão persistente, porque não vai atrás do cavalo? *

Por sorte ou destino, encontro uma duna logo à frente, a areia fina e branca me chama com sua maciez... me lanço e enterro, indo rapidamente para o fundo da duna, onde o machado não poderá me alcançar.
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Mensagem  Shadow Wolf Sáb Set 01, 2012 11:30 pm

No meio de minha corrida desenfreada atrás da cobra, sem perceber, entro no meio do caminho do cavaleiro e seu cavalo, que antes imaginei terem sido apenas uma miragem, porém miragem não fediam, o que eu não poderia dizer daquela dupla, ou seria um trio?

Mais alguém acompanhava o cavaleiro, um tipo esquisito, e o tempo que eu levei ao me assustar com esses tipos me fez perder a cobra de vista.

"Que Drakonis a leve sua maldita! Viva mais um dia e sofra mais um dia!"

Me viro àqueles que atrapalharam minha caçada.

"Quem são vocês? Me devem um jantar, e nessas terras inférteis isso é o mesmo que dizer que me deve a vida!"

Olho pro cavaleiro, me aproximando e depois olho para seu cavalo.

"Talvez seu cavalo possa dar um belo jantar, sim, isso saldaria sua dívida!"
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Mensagem  Cyrano Seg Set 03, 2012 8:14 am

Os olhos opacos emitem uma luz pálida, em resposta ao cavaleiro e ao anão.

"Tudo o que conheço é pó, areia, destruição. O que conhecia se acabou... Mas o pequenino também tem parte na visão de seu profeta, cavaleiro sem nome.

'Dos antigos imortais, graça se faz necessária
Dos filhos do dragão, sabedoria se requer
Dos que já foram escravos, ferocidade legendária
Dos que cavocam a terra, necessário é o mister
Do povo verde e guerreiro, a ira sanguinária
Dos homens gananciosos, vontade há de florescer'

Você tem fome, pequenino?"


A cabeça gira momentaneamente, mas não há foco no olhar.

"Venha e escolha você mesmo seu alimento. Seja para o corpo, seja para a alma..."

Aguardo a resposta do homenzinho.

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Mensagem  Mandhros Seg Set 03, 2012 9:31 am

Olhos estreitos encaram o pequeno anão e toda a sua arrogância. A resposta, é absoluta indiferença...

- Vá em frente e desça seu machado contra a carne deste animal. Mas saiba que, além de propriedade do Vizir, ele é meu amigo. Agredir este belo corcel apenas vai me dar duas razões para separar sua cabeça do seu corpo diminuto.

Quando o pergrino fala, contudo, ouço em seus presságios a mesma voz que me enviou até este ermo, correndo os olhos do viajante para o anão, e de volta para o viajante.

- Você tem certeza?...

Aguardo, também, a resposta do pequeno à oferta do peregrino. De modo discreto, contudo, e apenas por precaução, deixo uma das mãos descansando sobre o punho de uma das cimitarras que trazia embainhadas.
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Mensagem  Cyrano Seg Set 03, 2012 10:10 am

"Certeza não há."

A voz parece arranhar a garganta, mesmo após a água. Pego o cantil que me foi oferecido pelo cavaleiro, e o lanço para o anão de forma não tão graciosa.

"Siga-nos, e saciaremos outras sedes e outras fomes."

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Mensagem  Shadow Wolf Seg Set 10, 2012 9:56 pm

O andarilho falava coisas sem nexos, mas dos dois parecia ser o mais sensato. Ele me joga um cantil do que acredito ser água, cheiro desconfiado e deixo cair um pouco antes de beber, para ver sua cor. Era fato que líquidos não se desperdiçavam no deserto, mas era ainda mais fato que ladrões e assassinos vagavam livremente pelo deserto e faziam de tudo para conseguir seu objetivo, veneno era algo simples para eles.

Experimento lentamente a água e bebo alguns goles depois de perceber que não era nada além daquilo que aparentava ser.

"Suas palavras são ásperas, cavaleiro, mas sua espada é cega se comparada ao meu machado. Não queira entrar numa briga que não pode vencer!"

Olho atentamente para o cavaleiro, esperando que seu temperamento decidisse sua próxima ação, se fosse estourado me atacaria, se fosse calmo me ignoraria, se fosse submisso esperaria e respeitaria a ordem de seu companheiro. De qualquer forma aquilo me mostraria muito sobre a personalidade dele e o que esperar.

"Como eu disse antes, andarilho, vocês me fizerem perder uma grande refeição, se tem como repor ela, então não me oporei a vocês."
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Mensagem  Mandhros Qui Set 13, 2012 9:38 am

Observo o anão arrogante do alto do meu alazão - o que o deixava ainda menor - com postura altiva.

- A água que você derramou vale muito mais que o seu sangue, que eu deveria derramar aqui. Não temos tempo para isso, contudo. Se quiser vir conosco, caminhe contra o sol por dois dias. Há uma grande cidade aqui perto, onde você deve procurar pelos guerreiros imortais. Boa sorte.

Dizendo isso, giro o cavalo habilmente, e me lanço ao leste, correndo como o vento. Havia muito a ser feito, de fato. E muito pouco tempo...
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